Cuidado! Spoilers
Eu nunca pensei que pegar um
livro, sem ler a sinopse e não saber absolutamente nada sobre a saga fosse ser
o melhor passo no escuro que eu dei na minha vida. Eu amei e odiei Cidade dos
Ossos, como eu disse na resenha. Eu fiquei ansiosa pela continuação em Cidade
das Cinzas. E em Cidade de Vidro eu vi que a minha paixão é irremediável e
eterna. Cassandra Clare não criou apenas uma história, mas sim um fenômeno no
nível de Harry Potter.
Focando em Cidade de Vidro eu
digo logo que a série fica cada vez mais perfeita a cada livro. E tipo assim, o
terceiro livro é MARAVILHOSO. Intenso do início a fim. Principalmente nos
últimos capítulos. Mas diferente dos outros dois, não é só no fim que a gente
prende o fôlego, mas a cada capítulo temos uma revelação, um acontecimento ou uma
peça acrescentada ao quebra cabeça. Além do crescimento de mais alguns
personagens como o Alec e o surgimento de um personagem novo e trivial para a
história. Há também a volta de um
personagem perdido. E o Simon finalmente conquista a minha simpatia e eu até ri
com algumas passagens dele no livro e um certo amadurecimento dele. Já estava
na hora disso acontecer.
“Vou te dizer uma
coisa. – Alec alcançou uma segunda lâmina serafim. – Se nós sobrevivermos a isso,
eu prometo que eu vou apresentar você para toda a minha família.
Magnus levantou suas mãos, seus dedos brilhando com únicas chamas azul
celeste. – Negócio fechado.”
A mudança de ambiente é outro
ponto interessante do livro, pois a história sai do cenário de Nova York e vai
para Idris, o famoso lar de todos os caçadores de sombras. As descrições do
lugar são fantásticas, até mesmo quando ela destrói um pouco dessa beleza. Parabéns
a Cassandra por esse trabalho.
“Mas nada daquilo era o que era estranho; o que era estranho era que
aqui e ali na cidade, colocadas aparentemente aleatoriamente, subiam altivas torres
coroadas com espirais de refletivo material prata esbranquiçado. Elas pareciam
perfurar o céu como adagas brilhantes, e Simon notou de onde ele tinha visto
aquele material antes: em uma rígida de armas como vidro que os Caçadores de
Sombras carregavam, as que eles chamavam de lâminas serafim.”
Clary precisa urgentemente
encontrar a cura para a sua mãe que está em coma, Jace não a quer por perto e
faz tudo para que ela não vá à Idris, por achar muito perigoso. E sinceramente,
nesse ponto o Jace foi muito chato. Mas mesmo com as brigas que os dois tiveram
e os momentos de tensão, Clary foi atrás e conseguiu o que queria. Cometendo
alguns deslizes básicos que complicaram muitas coisas, mas sempre teimando. E
eu acho que a teimosia é a principal qualidade dela, pois ela sempre acaba
acertando as coisas. Além disso, Jace e Clary passam por momentos intensos de
tensão, emoção e até romance. Com destaque para os capítulos 6, 9, 15, 17, 19 e
20.
“Ele se aproximou e então tocou seu rosto, levemente, apenas as pontas
de seus dedos contra sua pele. – Eu te disse que eu não podia dormir. Amanhã à
meia-noite nós estaremos quer seja em guerra ou debaixo das regras de Valentine.
Esta pode ser a última noite de nossas vidas, certamente a última até mesmo normal.
A última noite que nós poderemos ir dormir e se levantar como nós sempre
fizemos. E tudo o que eu podia pensar era que eu queria passar ela com você.”
Quem já leu os outros livros sabe,
a Cassie capricha nos últimos capítulos. E dessa vez não foi diferente. Mais
uma vez ela torturou seus leitores, dessa vez matando um personagem, que embora
pequeno na história, eu achei desnecessário. Mas é a Cassie, e a sua vocação
para me fazer odiá-la, me faz amá-la mais ainda.
Enfim, Cidade de Vidro tem muitas
revelações, surpresas e acaba sendo o encerramento de um ciclo, já que a autora
que inicialmente havia planejado uma trilogia acrescentou mais três livros à
saga. E eu estou muito ansiosa pela continuação já que ficou alguns desfechos
um pouco inacabados, principalmente em relação ao Sebastian. Espero que tenham
gostado da minha resenha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário