sexta-feira, 17 de junho de 2011

Distração

Essa noite eu quero sair
Quero conhecer o brilho das estrelas
Ver o quanto a lua é linda
Sentir a brisa gelada soprar o meu rosto
Ver novos eclipses.

Eu quero sair deste quarto
Onde melodias são tristes
Onde lembranças são raras.
Eu quero ver universos diferentes
Eu quero tocar novos rostos

Eu preciso deixar o vazio
Eu preciso acordar um pouco.
Pois os sonhos são cansativos
Mesmo sendo tão bons.

Me tire deste quarto escuro
Me leve pra dançar
Mostre-me como é a vida sem ilusão
Me faça enxergar novos olhares
Mostre-me novos sorrisos
Eu quero sorrir de verdade
Eu só preciso me distrair
E andar sozinha
Pelo menos uma vez...
Esquecer

Essa noite eu quero sair
Sentir a chuva cair no meu rosto
Molhando o meu cabelo
Limpando cada parte da minha alma
Eu quero essa sensação

Vou caminhar pelas ruas
Sem um destino certo
Sem alguém por perto
Deve ser bom estar sozinha
Comigo mesma

Eu preciso deixar o vazio
Eu preciso acordar um pouco.
Pois os sonhos são cansativos
Mesmo sendo tão bons.

Me tire deste quarto escuro
Me leve pra dançar
Mostre-me como é a vida sem ilusão
Me faça enxergar novos olhares
Mostre-me novos sorrisos
Eu quero sorrir de verdade
Eu só preciso me distrair
E andar sozinha
Pelo menos uma vez...
Esquecer...

Que o meu coração é teimoso
Que o meu peito está ferido
Que minhas lágrimas são de tristeza
Que você nunca virá.
Eu só estou pedindo...

Me leve pra dançar
Mostre-me como é a vida sem ilusão
Me faça enxergar novos olhares
Mostre-me novos sorrisos
Eu quero sorrir de verdade
Eu só preciso me distrair
E andar sozinha
Pelo menos uma vez...
Esquecer
Esquecer

Eu só preciso me distrair e esquecer

Eu nunca acreditei que fosse pra sempre

Por tanto tempo sonhei com o dia
Em que tudo mudaria
Fazendo festa no meu coração
Que enchia-se de paixão.

Mas esse dia nunca veio.
E agora já não creio
Nesta ilusão por mim criada.
Pois em mim resta quase nada.

Há apenas um sopro de vontade
Que ainda pulsa de verdade,
Mas não tem força de continuar
E por mais tempo esperar.

Você está morrendo em mim
E não é tão ruim assim,
Pois eu aprendi a dizer adeus
Pelos caminhos meus.

Eu tenho muito que viver,
Novos sentimentos podem nascer.
Há mil motivos pra sorrir
E o meu futuro ainda está por vir.

E eu nunca acreditei que fosse pra sempre.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Destruindo mais um ciclo

Sabe quando você sente que nada está certo. Que os minutos parecem todos iguais e que por mais que você tente fazer diferente, acaba fazendo da sua vida um círculo vicioso. Você cai nos mesmos buracos, tropeça nas mesmas pedras e atravessa os mesmos caminhos. E com o tempo você para de tentar e segue do mesmo jeito. Otimista, pensa que tudo pode mudar e ser melhor. Você acaba ficando cego e sem perceber esquece que a vida é mais que essa redoma de cristal criada só para te isolar do mundo e fazer de você uma pessoa presa em seu próprio universo instável. Torna-se uma pessoa acomodada e imutável, sem um motivo para correr atrás de seus sonhos porque você sabe que nunca vai dar certo. Aí de repente você se depara com um espelho que não mostra a sua aparência física, mas sim a sua aparência interior. Espantada com o que você vê, chora e grita. No lugar do rosto doce e angelical de uma pessoa sonhadora e feliz, você vê a máscara horripilante de uma pessoa que parou no tempo. Você se pergunta: “O que eu posso fazer para mudar essa imagem tão distorcida do que eu era?”. Suas mãos enxugam as lágrimas e no mesmo instante você se levanta. Olha para todos os lados e percebe que aquilo ali é sem graça. Como se jogassem um balde de água fria, você desperta daquele sonho. Mas mesmo assim você ainda está presa naquela ideia, aquele aquário sufocante. Respira fundo e com uma força que você não sabe de onde vem, quebra as paredes que serviam de vitrine para que os outros te vissem e não te tocassem. O ar de liberdade entra em seus pulmões te enchendo de emoção. Seus pés descalços tocam o chão e o mundo te convida a caminhar. Você atende com anseio sem olhar para trás. Está na hora de seguir um novo caminho e novos sonhos. Está na hora de sorrir e deixar os lamentos para trás. Está na hora de fazer da vida uma linha reta com começo, meio e fim. Levantar o rosto e aprender com os erros, guardar os acertos, encarar as dúvidas e contornar os obstáculos. Quando você chegar ao seu destino final e encontrar aquele espelho que te abriu os olhos, você irá parar em frente a ele e verá que a imagem mais uma vez mudou. Agora há um rosto jovem, doce e angelical mostrando um lindo sorriso verdadeiro e a certeza de que nada na sua jornada foi em vão.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reinvenção

Quando acordei não imaginaria que o meu dia terminaria nestas linhas. Em alguns minutos o claro ficou escuro. O medo me abandonou, agora posso enxergar que estou perdendo tempo só me lamentando. Mais cedo acreditei que a maior perda de tempo nos últimos meses se devia a um único fator, mas agora posso ver que não joguei fora horas, dias, meses. Permaneci muito tempo imutável. Segui o mesmo caminho e as mesmas regras. Me preservei de tudo que julguei ser afiado demais para mim. Esqueci de lembrar que não sou ferro, sou de carne e osso, e por isso sou vulnerável como os outros. Não percebi que a cada dia eu ficava mais presa em mim mesma. E que aos poucos eu perdia a confiança em mim. Estacionei no tempo. Mas agora que eu sei o que errei, eu posso mudar. Porque no fim das contas esqueci de me transformar, de me reinventar. Está na hora de voltar a caminhar e me reerguer. Ampliar o que tem de bom na minha vida, reciclar o que deixei de lado e jogar fora tudo aquilo que só me traz insegurança e medo e tudo que me faz mal. Vou brincar de Deus, e me recriar. Se for preciso cortar o cabelo e pintá-lo de roxo para poder ser feliz, farei. Se for necessário cortar vínculos, terei tesoura em punho. Quero ter diferentes atitudes e poder mostrar de outro jeito as várias formas do que sou. Quero agir e, principalmente, ser feliz.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quimera



O meu coração não se cansa de me encher de alegria e esperança. Sinto que ele bate cada vez mais seguro. Não sei se tudo não passa de uma mera quimera ou se há motivos para que ele haja tão descontrolado. Não consigo esconder o brilho do meu olhar muito menos o motivo pelo qual ele sorri. Sentir o toque da sua pele macia e poder te vê-lo tão de perto me pareceu um sonho. Ver aquele sorriso a centímetros de mim fez tudo se encher de luz e esplendor. Poder ouvir a voz que soa melhor que qualquer melodia em meus ouvidos, fez as incertezas que eu tinha sobre o que eu sentia sumirem num instante. Estava quase perfeito, mas faltava algo, sempre falta. Pergunto-me se seria possível que tudo ficasse totalmente perfeito, ou se isso é o mais perto que posso chegar. Pergunto-me se há razões para que eu não acredite na possibilidade de um talvez. Devo acreditar que é possível? Essa pergunta terá resposta um dia? Talvez ela já tenha e eu não queira vê-la. Talvez ela nem exista. Mas isso pouco importa, já que estou submersa numa piscina de ilusões e sonhos que me entorpece tão docemente a ponto de enxergar luz em meio ás sombras. Essa é a melhor, das melhores maneiras de se enganar. Agora sei que estou bem assim. 

FRAQUEZA


Nunca acreditei que fosse tão forte para cumprir a minha promessa, mas confiei que o meu orgulho, característica que sempre critico em mim, fosse capaz de assumir esse papel. Me enganei. Tantas promessas e súplicas descartei como se fossem nada. Quebrei minhas próprias regras. Tudo o que eu disse se desfez em pedaços e queimou-se no apertar de um botão. Implorei um golpe de misericórdia, mas o drama parece não ter surtido efeito, ou talvez, efeito contrário. Como uma mendiga me humilhei por um prato de atenção. E com bondade ele não me negou esse pedido. No início eu imaginei que fora somente pena, mas agora não sei se fora apenas isso. Caminhei em direção ao mar com medo de me afogar, mas com uma coragem que não sei de onde vem, estou conseguindo nadar. Aquilo que pensei viver sem, grande utopia, me deixa feliz como uma criança. São flashes de alegria que piscam para mim como as estrelas piscam para a lua. Droga pior que crack são esses falsos sinais. Você me dá mais do que pedi, aliás, quilo que não pedi. Eu realmente não sei qual é a sua. Não adiantou perguntar e nem sei se quero saber. Minha fraqueza venceu o meu orgulho imponente e respeitável. Só preciso saber se isso é bom ou ruim.

O TROCO

Por que insistes em magoar?
Por que negaste um olhar?
Tu me julga só por sentir
E o meu coração tu quer partir.


Tu ages com birra de criança
Para matar a inocente esperança.
Tu quer me ver longe?
Então esquece o meu nome.


Partirei para outro planeta
Tão veloz quanto um cometa.
Pelo caminho vou te evitar
E para trás não vou olhar.


Na ferida sangue que não estanca
E o orgulho, que de mim, te arranca.
Meu coração me pede distância
Meu corpo atende com ânsia.


Devolvo-te a moeda como troco.
Apenas um olhar oco.
O sorriso é frio.
Não há mais caláfrios.


Teu silêncio continuará,
Meu silêncio começará.
Conhecerá o meu adeus,
Enquanto envia os teus. 

Minha Natureza

Olhe em meus olhos e diga o que vê. Diga o que sente. E diga se realmente me enxerga. Quem me diria o que sou de verdade? Eu gostaria de saber onde está a pessoa que me conhece integralmente.
Mas como pedir para que alguém me conheça e me entenda se eu não me entendo? As coisas que sinto são confusas e complicadas e por mais que eu tente, não consigo me acostumar com esse turbilhão de emoções. A minha teimosia junto com o meu orgulho me irritam, mas mesmo assim não quero controlá-los. Eu me arrependo e sofro pelos meus erros, mas a dor de não poder expor isto já me dói o bastante. Meus ápices de humor são assustadores. Quando estou feliz, sou amável, sorridente e muito boba, ou talvez patética. Quando eu fico triste eu prefiro me camuflar e, às vezes, me isolar. Porém isso só intensifica meu desânimo. Quando fico com raiva me sinto como uma bomba prestes a explodir. Falo tudo que vem a cabeça e quase sempre machuco alguém. Mas o que me assusta mesmo é que na maioria das vezes essas emoções são muito intensas e nem sempre com um motivo tão forte. Por exemplo, neste momento, sinto-me desanimada e sem nenhum motivo. Então aponto como culpado e clima e a música que estou ouvindo.
Eu acho que sou um vulcão de emoções que a toda hora entra em erupção, cujo tempo se encarregou de construir uma barreira que me impedisse de afetar aqueles que estão a minha volta. Como consequência, essa barreira fez com que ninguém me enxergasse e me entendesse. Estes me julgam e me condenam. Mas já me acostumei, pois, como eu mesma já disse, não posso pedir que os outros me entendam se não faço o mesmo. Eu só queria que existisse alguém que se arriscasse e ultrapassasse essa barreira e percebesse que sou mais que pedra e fogo, sou natureza.

Demorei, mas voltei

Eu sei que passei alguns meses sem postar nada no EI e tenho que confessar que foi por mera preguiça. Mas agora estou de volta e prometo não abandonar mais o meu blog e os meus leitores. Durante esse tempo em que me mantive afastada, eu escrevi muitos textos e também algumas músicas que irei postar aos poucos para que todos possam ler e comentar. Quero pedir desculpas por este sumiço e prometer que voltei pra ficar.

Beijos e abraços,

Camila*-*