segunda-feira, 23 de abril de 2012

Em Silêncio

Ouço uma voz, mas não consigo distiguir as palavras. Ao fundo o som de uma canção. É como se eu não estivesse aqui. Apenas meu corpo sentado e a minha mente guiando a minha mão de longe. Passo para o papel pesnsamentos soltos. Meu corpo age quase no automático como uma máquina adaptada a rotina. A rotina de manter a atenção focada em alguém. Mas não hoje, não agora.  Meu pesamento está voltado para tantos outros lugares. Em algum lugar fora dessa porta. E algum lugar dentro de mim. Me sinto tão pesada. Um copo cheio querendo transbordar, mas não podendo. Eu não tenho onde por tanta água, ou melhor dizendo, tanto desse líquido amargo e denso. Eu me calei por conta própria, ideia toda minha. Me calei para não lembrar. Me calaei para deixar o silêncio do tempo levar para longe tanto peso. Me calei para não parecer fraca, mas me calei para fugir. E como diz numa música que ouvi: "Quanto mais eu fujo, eu me aproximo mais". O meu corpo pode seguir meus passos para longe, mas meus pensamentos estão cada vez mais próximos. E essa proximidade me joga cada vez mais numa sombra escura e fria dentro de mim.  Eu escolhi suportar esses sentimentos tão confusos e trágicos. Eu escolhi caminhar por essas sombras sozinha. Não tenho o direito de me queixar, não tenho com quem me queixar. Apenas continuo esperando e escrevendo quando me vem a dor.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Que Há Por Trás De Uma Lágrima?



Há medo e insegurança
Há tristeza e talvez dor
Quem sabe se olhares rapidamente
Pode ser que veja a si mesmo
Pode ser que se sinta cupado
Pode ser que tu fosse embora sem se importar
Se olhares rapidamente
E cego pela vaidade
Verás alguém chorando por você
Mas se de repente
Você parar e olhar esta lágrima
 Perceberá alguns outros motivos
Motivos que vão além do que és capaz de ver
Com o seu orgulho pomposo

Ali pode haveruma lágrima de amor
De arrependimento
Pode até ser que ela seja de alegria
Pode ser por outro motivo
Que não seja você
Então antes de tirar conclusões precipitadas
De olhar com pena ou desprezo
Pense bem
O mundo não gira em toeno do seu umbigo

Lembrança


Há coisas na vida que não têm volta. Há palavras que não podem ser reescritas se forem apagadas. A vida tem momentos únicos que não podem se remontados. E o que fazer se der uma pane num sistema e todos os arquivos forem apagados? Dados importantes e essenciais. Ou até mesmo uma lembrança importante , um nome, uma foto, um sentimennto. Um sentimento. É assim tão fácil perder algo que nasceu num delírio tão repentino? Eu não poderei reconstruí-lo porque não será mais a mesma emoção, a mesma intensidade e a mesma intenção. É como um poema que uma vez escrito não pode ser reescrito se por acaso o único manuscrito for levado pelo vento. Eu jamais poderia tê-lo de volta, eu jamais poderei reescrever a sua história. Mas eu ainda guardarei na memória o que teve importância, os detalhes que fizeram valer a pena, os motivos, o que fez a minha alma sorrir. Eu ainda guardadrei dentro de mim a essência.