O crepúsculo anuncia o fim do
dia. No céu as nuvens riscam uma linda obra de arte. Tão leves elas me
acompanham num suspiro. Quanto tempo que não o presencio assim? Talvez eu saiba
o porquê, mas não vem ao caso revirar algumas cinzas de uma fogueira apagada. A
lembrança que me veio hoje a noite é de uma chama que recentemente foi acesa.
Ela arde timidamente quando nas minhas tardes rotineiras um sorriso inquieto se
acende na minha face. Não lembro ao certo como era antes. Não me lembro desde
quando estava ali. Não sei de onde veio e nem ao menos sei seu nome. Lembro
apenas o momento silencioso. Um olhar rápido e intenso. Aquele breve
reconhecimento. Uma fração de segundos para que o meu corpo me fizesse cair ao
seu lado. Algo tão frequente que já era rotina, então por que me prender a
esperança de que seria diferente? Talvez
um flerte inconsequente não fosse uma má ideia. Eu não sei por que o medo me
inunda sempre que isso acontece. Já é hora de me arriscar em novas tentativas.
Sem temer uma vitória ou derrota. Está na hora de permitir que eu me entregue a
essa familiar estranha sensação de ter encontrado um coração capaz de bater
junto ao meu.
terça-feira, 19 de junho de 2012
O Que Somos
É tão bonito observar a natureza
humana tão complexa e completa. É uma forma compreensão e descobertas. Somos
cada um tão singulares, mas tão parecidos. Somos o mesmo bolo feito em formas
diferentes e com diversas coberturas, recheios e sabores. Mas ainda assim somos
tão iguais. Somos os sonhos que guardamos dentro de nós. Sonhos que sempre
buscamos realizar. Somos o medo de cada dia. O medo que nos trava e nos
protege. O medo que nos acompanha desde o nascer até a morte. Somos a coragem que
temos de enfrentá-lo a cada dia, caindo e levantando em meio aos escombros. A
coragem de continuar vivendo. Somos a paixão que cresce no peito. Somos a busca
por saciar nossos desejos. Somos as
dores que nos afligem. Somos as lágrimas
que derramamos e os conflitos pelos quais passamos. Também somos a vontade de
viver a vida como ela merece. Plenamente. A busca insaciável por conhecimento e
autoconhecimento. Somos os momentos em que atingimos os nossos ápices de
alegria. E somos os pequenos sorrisos que proporciona raios de luz mesmo no
escuro. Somos as crianças que crescem aprendendo a lutar. Somos os homens e
mulheres que erram e acertam. Somos os jovens que se entregam. Somos os
sentimentos controversos que sentimos. Somos um verdadeiro caso de amor. Somos
essa raça humana perfeita até nas imperfeições. A busca contínua e infinita. Um
fluxo que não para nunca e muda sempre. Somos tudo que somos.
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