quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Madrugada


Estou perdida numa madrugada sem luz e sem calor ouvindo o silêncio da noite. Não quero e não posso voltar a dormir, não quero voltar àquele lugar onde te perdi. A dor que agora invade o meu peito traz uma angústia sufocante e esmagadora. Meu coração sangra de dor e minhas lágrimas, embora transparentes, ardem na cor vermelho vivo caindo pelo rosto molhando o travesseiro mostrando a mim mesma o quanto eu te amo. Queria poder fugir e não vê-lo, mata-lo no meu coração e sepulta-lo no cemitério do infinito assim como fizeram com a minha esperança de ficarmos juntos um dia. Mas não tenho coragem para fazê-lo. A substituição do meu sonho por um pesadelo me mostrou o quanto sou burra em te amar. Fora do refúgio dessas paredes, que em silêncio presenciam meu choro mudo, o dia começa a clarear. Este momento que tantas vezes me encheu de alegria agora me sufoca com u amargo sabor que desce rasgando minha garganta e meus pulmões. O mais difícil é esconder o que estou sentindo se a luz do Sol não me deixa esquecer.

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