Sinopse: Julieta Capuleto não tirou a própria vida. Ela foi assassinada pela
pessoa em quem mais confiava, seu marido, Romeu Montecchio, que fez o
sacrifício para assegurar sua imortalidade. Mas Romeu não imaginou que
Julieta também teria vida eterna e se tornaria uma agente dos
Embaixadores da Luz.
Por setecentos anos, Julieta lutou para
preservar o amor e a vida de inocentes, enquanto Romeu tinha por fim
destruir o coração humano.
Mas agora que Julieta encontrou seu amor proibido, Romeu fará tudo que estiver ao seu alcance para destruir a felicidade dela.
Segredos,
mistérios e surpresas envolvem este poderoso romance em que o casal
mais famoso da literatura mundial tem a chance de contar sua verdadeira
história.
Spoilers*
A primeira impressão
que tive quando li a sinopse pela primeira vez há mais de um ano com a minha
amiga foi: “Uau! Ousado”. Eu achei a
ideia de desconstruir a história mais famosa de Shakespeare um ato de extrema
coragem. E eu amo a verdadeira versão da história, acho romântico e inspirador,
mas só pelo fato de colocar o Romeu como o vilão da história, a vontade de ler
foi imediata. O tempo passou, eu só li agora (Já sabendo da existência do livro
Romeu Imortal). Com essa informação eu tive a ligeira impressão de que no fim
das contas seria a mesma coisa e o casal mais famoso da literatura mundial iria
mais uma vez estar unidos pelo amor verdadeiro. Será?!
“Morrer
é fácil. Voltar é muito mais doloroso.”
Então vamos lá! Isso
tudo foi para ficar claro que antes do livro eu tinha várias impressões que
foram pouco a pouco desconstruídas no decorrer da leitura. Primeiro o livro
demorou a prender a minha atenção. Não sei se porque eu ainda estava de ressaca
literária, ou porque a história me pareceu confusa e sem sentido. Provavelmente
os dois Eu passei sete dias para ler os 9 primeiros capítulos. Muito tempo para
o meu normal. E não foi por falta de
tempo, já que era uma semana sem provas e trabalhos, mas por falta de
interesse.
A história começa com
Julieta entrando no corpo de Ariel para poder cumprir mais uma missão de manter
duas almas gêmeas a salvo de Romeu. Um acidente onde Romeu também consegue um
corpo, só que morto, para cumprir de fazer com que uma das almas gêmeas mate a
outra assim como ele fez com a sua há setecentos anos. Isso mesmo, Romeu matou
Julieta. Logo depois do primeiro encontro com Romeu, ela foge ao perceber que
ainda está muito fraca para enfrenta-lo, e dá de cara com Ben, um cara que ela
não consegue encontrar nas memorias de Ariel, mas a atração é quase que se
instantânea. Depois ela “descobre” que ele é uma das almas que ela tem que
proteger, e que a outra é a melhor amiga de Ariel. E como é de se esperar desde o início,
Julieta/Ariel se apaixona por Ben. Ao mesmo tempo que ela tenta a todo custo
juntar os dois antes que Romeu/Dylan faça seu jogo sujo e destrua mais um amor
verdadeiro, e evitar que Bem se apaixone por ela, Julieta percebe que tem
alguma coisa errada acontecendo e o seu antigo inimigo começa a lhe propor uma aliança
para livra-los dessa semivida.
“Mas
aprendi a lição. Para mim, apenas a vingança é eterna.
A
necessidade de punir sua traição me faz continuar a luta. Estou do lado do bem,
trabalhando para evitar que os Mercenários do Apocalipse destruam a beleza e a
bondade que ainda restam na humanidade. De todos os deveres de um Embaixador,
proteger almas gêmeas e preservar o futuro do amor romântico é o que mais
respeito e aprecio. Mas destruir a sua existência, sabendo que ele voltará para
os seus líderes sem nenhuma alma para mostrar seu trabalho, é melhor. Muito
melhor.”
Tudo bem, o enredo até
pode ser interessante, mas me senti confusa e perdida durante muitos capítulos.
Como eu disse pode ter sido efeito da ressaca. No fim das contas li os 25
capítulos restantes em um dia, mais pela pressa de terminar e começar outro
livro do que por empolgação. O que não quer dizer que não comecei a gostar do
livro lá pela metade onde as coisas ficaram mais claras. Até certo ponto gostei
do final, mesmo não sendo o que eu esperava, foi correto. Deixou uma boa brecha
para o livro seguinte, que estou tentando não me empolgar precipitadamente como
fiz com Julieta.
“Esses
dois são a minha missão e, se não conseguir cumpri-la, um deles irá morrer. Em
cerca de trinta encarnações, nunca vi duas almas gêmeas se separarem de forma
tranquila. Ou se entregam totalmente ou um deles comete assassinato e se torna
um Mercenário. É assim que funciona. Sempre. Todas as vezes. Não há esperança
para Ben e eu. Mas nunca houve.”
Quanto aos personagens,
Julieta me pareceu muito chata e eu me cansei muito dela no decorrer do livro.
Minha humilde opinião. Eu estava começando a gostar mais de Ariel que não
estava presente na história, do que de Julieta. Fiquei triste por ela e pela
sua mãe, achei que elas mereciam mais. Gema, uma amiga falsa que se aproveitava
da fragilidade de Ariel para fazer desta um cachorrinho. E não foi um breve
momento no final que me fez gostar dela. Pra mim ela é muito mimada. Romeu me
despertou um sentimento de pena tão grande por sua covardia e egocentrismo, mas
ainda assim me decepcionou menos que Julieta. O personagem que mais gostei foi
sem dúvida o Ben. Talvez o único. Ele
merecia ter tido um final diferente. Fiquei muito triste com o que aconteceu, e
mesmo com o “final feliz” do livro, eu achei que ele merecia te sido diferente.
“Eu
sempre a amei. Não sabia o quanto até ela partir, até retomar ao meu corpo e
voltar ao lugar onde morreu e tocar as suas mãos sem vida, chorando sobre os
seus olhos grandes e cerrados. Julieta. Minha Julieta. Sua alma se foi para
sempre.”
Enfim, não odiei o
livro, até gostei dele, mas não morri de amores por Julieta Imortal. Não estou
mais tão ansiosa para ler Romeu Imortal, mesmo querendo ver o que vai acontecer
à Ariel. Eu não vou dizer para não lerem o livro, isso vai contra os meus
princípios de liberdade de escolha. Talvez você tenha uma opinião diferente da
minha, mas tudo o que eu escrevi aqui foi a minha conclusão da obra.
Frustrante.
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