terça-feira, 5 de março de 2013

Julieta Imortal, de Stacey Jay #Resenha



Sinopse: Julieta Capuleto não tirou a própria vida. Ela foi assassinada pela pessoa em quem mais confiava, seu marido, Romeu Montecchio, que fez o sacrifício para assegurar sua imortalidade. Mas Romeu não imaginou que Julieta também teria vida eterna e se tornaria uma agente dos Embaixadores da Luz.
Por setecentos anos, Julieta lutou para preservar o amor e a vida de inocentes, enquanto Romeu tinha por fim destruir o coração humano.
Mas agora que Julieta encontrou seu amor proibido, Romeu fará tudo que estiver ao seu alcance para destruir a felicidade dela.
Segredos, mistérios e surpresas envolvem este poderoso romance em que o casal mais famoso da literatura mundial tem a chance de contar sua verdadeira história.

Spoilers*
A primeira impressão que tive quando li a sinopse pela primeira vez há mais de um ano com a minha amiga foi: “Uau! Ousado”.  Eu achei a ideia de desconstruir a história mais famosa de Shakespeare um ato de extrema coragem. E eu amo a verdadeira versão da história, acho romântico e inspirador, mas só pelo fato de colocar o Romeu como o vilão da história, a vontade de ler foi imediata. O tempo passou, eu só li agora (Já sabendo da existência do livro Romeu Imortal). Com essa informação eu tive a ligeira impressão de que no fim das contas seria a mesma coisa e o casal mais famoso da literatura mundial iria mais uma vez estar unidos pelo amor verdadeiro. Será?!
“Morrer é fácil. Voltar é muito mais doloroso.”
Então vamos lá! Isso tudo foi para ficar claro que antes do livro eu tinha várias impressões que foram pouco a pouco desconstruídas no decorrer da leitura. Primeiro o livro demorou a prender a minha atenção. Não sei se porque eu ainda estava de ressaca literária, ou porque a história me pareceu confusa e sem sentido. Provavelmente os dois Eu passei sete dias para ler os 9 primeiros capítulos. Muito tempo para o meu normal.  E não foi por falta de tempo, já que era uma semana sem provas e trabalhos, mas por falta de interesse.
A história começa com Julieta entrando no corpo de Ariel para poder cumprir mais uma missão de manter duas almas gêmeas a salvo de Romeu. Um acidente onde Romeu também consegue um corpo, só que morto, para cumprir de fazer com que uma das almas gêmeas mate a outra assim como ele fez com a sua há setecentos anos. Isso mesmo, Romeu matou Julieta. Logo depois do primeiro encontro com Romeu, ela foge ao perceber que ainda está muito fraca para enfrenta-lo, e dá de cara com Ben, um cara que ela não consegue encontrar nas memorias de Ariel, mas a atração é quase que se instantânea. Depois ela “descobre” que ele é uma das almas que ela tem que proteger, e que a outra é a melhor amiga de Ariel.  E como é de se esperar desde o início, Julieta/Ariel se apaixona por Ben. Ao mesmo tempo que ela tenta a todo custo juntar os dois antes que Romeu/Dylan faça seu jogo sujo e destrua mais um amor verdadeiro, e evitar que Bem se apaixone por ela, Julieta percebe que tem alguma coisa errada acontecendo e o seu antigo inimigo começa a lhe propor uma aliança para livra-los dessa semivida. 
“Mas aprendi a lição. Para mim, apenas a vingança é eterna.
A necessidade de punir sua traição me faz continuar a luta. Estou do lado do bem, trabalhando para evitar que os Mercenários do Apocalipse destruam a beleza e a bondade que ainda restam na humanidade. De todos os deveres de um Embaixador, proteger almas gêmeas e preservar o futuro do amor romântico é o que mais respeito e aprecio. Mas destruir a sua existência, sabendo que ele voltará para os seus líderes sem nenhuma alma para mostrar seu trabalho, é melhor. Muito melhor.”

Tudo bem, o enredo até pode ser interessante, mas me senti confusa e perdida durante muitos capítulos. Como eu disse pode ter sido efeito da ressaca. No fim das contas li os 25 capítulos restantes em um dia, mais pela pressa de terminar e começar outro livro do que por empolgação. O que não quer dizer que não comecei a gostar do livro lá pela metade onde as coisas ficaram mais claras. Até certo ponto gostei do final, mesmo não sendo o que eu esperava, foi correto. Deixou uma boa brecha para o livro seguinte, que estou tentando não me empolgar precipitadamente como fiz com Julieta. 
“Esses dois são a minha missão e, se não conseguir cumpri-la, um deles irá morrer. Em cerca de trinta encarnações, nunca vi duas almas gêmeas se separarem de forma tranquila. Ou se entregam totalmente ou um deles comete assassinato e se torna um Mercenário. É assim que funciona. Sempre. Todas as vezes. Não há esperança para Ben e eu. Mas nunca houve.”
Quanto aos personagens, Julieta me pareceu muito chata e eu me cansei muito dela no decorrer do livro. Minha humilde opinião. Eu estava começando a gostar mais de Ariel que não estava presente na história, do que de Julieta. Fiquei triste por ela e pela sua mãe, achei que elas mereciam mais. Gema, uma amiga falsa que se aproveitava da fragilidade de Ariel para fazer desta um cachorrinho. E não foi um breve momento no final que me fez gostar dela. Pra mim ela é muito mimada. Romeu me despertou um sentimento de pena tão grande por sua covardia e egocentrismo, mas ainda assim me decepcionou menos que Julieta. O personagem que mais gostei foi sem dúvida o Ben. Talvez o único.  Ele merecia ter tido um final diferente. Fiquei muito triste com o que aconteceu, e mesmo com o “final feliz” do livro, eu achei que ele merecia te sido diferente. 
“Eu sempre a amei. Não sabia o quanto até ela partir, até retomar ao meu corpo e voltar ao lugar onde morreu e tocar as suas mãos sem vida, chorando sobre os seus olhos grandes e cerrados. Julieta. Minha Julieta. Sua alma se foi para sempre.”
Enfim, não odiei o livro, até gostei dele, mas não morri de amores por Julieta Imortal. Não estou mais tão ansiosa para ler Romeu Imortal, mesmo querendo ver o que vai acontecer à Ariel. Eu não vou dizer para não lerem o livro, isso vai contra os meus princípios de liberdade de escolha. Talvez você tenha uma opinião diferente da minha, mas tudo o que eu escrevi aqui foi a minha conclusão da obra. Frustrante.

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