sábado, 15 de setembro de 2012

RECADO À POETISA



O que buscas senhorita?
O que tanto escreves poetisa?
O que há por trás do olhar discreto
E do sorriso tímido e incerto?

Será a certeza de não merecer
Ou a falta de um bem querer?
Será a evidente verdade
Ou a dor da negatividade?

Vamos menina! Encare o espelho
Não tente escondê-lo
Estás envolta pelo medo
Isso não é mais um segredo

Você joga palavras ao vento
E o coração segue doendo
Não pelo triste fel do amor
Nem pelo mel do seu sabor

Temes o silêncio do vazio
A triste falta de um arrepio
Temes a sensação de sentir
O impulso de não resistir

O desejo queima forte
Mas amar não é sorte
E você o espera como a uma loteria
Triste, amarga e sozinha

Dê uma chance a si mesma
Deixe a fogueira ser acesa
E a chama te curar
Deixe a alma encontrar

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