Tocada pelo amor tão cedo
Seu coração sempre bateu sem medo
Levada por sonhos infantis
Aprisionada em um suvenir
Não se deu conta de que o tempo não para
Ou apenas fingiu que não passara
Enquanto escondia-se em seu casulo
A borboleta não viu o crepúsculo
O luar tocou-lhe o coração
As estrelas lhe estenderam a mão
Os fios do vento teceram o corpo
O brilho pousou sobre o fosco
Seus desejos foram adquirindo textura
Foi amadurecendo a ternura
Queimando como um incenso
Sua aura foi de rosa ao vermelho intenso
A noite trouxe a superfície uma mulher
Mas não lhe tirou a menina que é
E na espreita do amanhecer
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